sábado, 8 de agosto de 2009

VALORIZAÇÃO DO TRANSPORTE COLECTIVO

A importância da valorização do transporte colectivo ficou bem demonstrada com a recente criação da Autoridade Metropolitana de Lisboa.

Quis-se com isso demonstrar que é uma questão de tal maneira importante que devemos ter uma autoridade supra municipal para o gerir e para que possamos fazer um planeamento mais consciente, desenvolvendo políticas mais eficazes de mobilidade.

Foi por isso que no dia 16 de Julho, a Secretária de Estado dos Transportes anunciou a criação de nove novas estações para o Metropolitano com a expansão pelo concelho da Amadora, extenSão ao Concelho de Loures e com a chegada à zona Oriental da cidade de Lisboa. É este o tipo de aposta que queremos continuar.

Mas nós queremos mais e vamos colocar as nossas ideias a mexer em prol de todos.

Vamos propor o aumento da possibilidade do pagamento dos passes sociais através da rede Multibanco ou pelo sistema de débitos directos, para evitar as filas e promover a mobilidade. Queremos que até ao final de 2012, seja possível pagar todos os transportes por essas vias.

No sentido de acelerar o trânsito, queremos permitir a circulação de motociclos nas faixas reservadas a transportes públicos.

Defendemos também o alargamento do horário da rede nocturna do metropolitano e dos autocarros durante o fim-de-semana com o intuito de também desaconselhar as pessoas a levar os carros para os locais de diversão, garantindo-lhes uma outra alternativa.

Porque os centros multimodais devem ser locais de distribuição de passageiros, vamos procurar criar autocarros que circulem de forma rápida entre 4 centros multimodais que seriam designados a posteriori. Procuraremos assim, evitar a imperativa circulação pelo centro de Lisboa. Queremos complementar esta medida coma criação de uma linha de metro de superfície que siga um percurso similar ao da CRIL que servirá o mesmo objectivo.

Acreditamos que a atenção dada ao transporte público pode ser reforçada com a implementação de chips que comuniquem entre os autocarros e os semáforos, garantindo-lhes prioridade na sua aproximação, como se já pratica em diversas cidades do mundo.

Porque aos transportes públicos também tem que ser aplicada qualidade de vida, queremos fazer do painel de informação inteligente uma regra permitindo mais informação aos passageiros sobre os próximos transportes e quanto tempo falta para os mesmos. A isto, é imperativa a melhoria dos locais onde se espera, com a criação de bancos e de toldos para protecção da chuva.

Em jeito de complementaridade queremos melhorar o nível de informação que é transmitido nas estradas para instar os condutores a procurar vias alternativas em caso de acidente ou de trabalhos na via.

Reconhecemos a interdependência entre os transportes, a saúde e o ambiente e por isso queremos compromissos de promover as opções de mobilidade sustentáveis. Vamos apostar seriamente e cada vez mais na utilização das energias alternativas como meio de combustão dos transportes públicos.

Indispensável é igualmente democratizar as viagens por bicicleta em percursos curtos, com a instalação de parqueamentos seguros pelas diversas cidades. Essa democratização pode e deve abrir caminho ao nascimento de uma mega ciclo via que passasse por vários concelhos com epicentro no Parque de Monsanto.

Deixamos também mais uma ideia para a discussão: a transformação de determinadas faixas em avenidas largas para zonas de circulação apenas para carros onde circulem mais de um ocupante, conforme já está a ser feito nalguns lugares, para valorizar a melhor ocupação do transporte particular.

No fundo queremos trabalhar no sentido de tornar o carro um meio de transporte cada vez mais obsoleto dentro da área urbana. Melhor mobilidade significa menos tráfego.

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