Li no CC uma reflexão bem interessante e que toca no essencial. Perdemos uma "batalha", mas estamos longe de perder a guerra" e penso que é o momento de começarmos a discutir ideias, propostas, posicionamentos para as eleições que se aproximam. Não é o momento de desanimar, é o momento de elevar o espírito de missão para os combates que se aproximam. Vou deixar o meu pequeno contributo.
Começa Rui Paulo Figueiredo por se referir à actual situação de crise. Neste ponto, acho que o país atravessa uma fase engraçada, se assim se pode dizer - se da direita vemos um lavar de mãos, uma fuga às responsabilidades, dizendo que é uma falácia que foram as políticas neoliberais a provocarem a crise e que isso é comprovado pelo apoio dos eleitores nesta eleição europeia, por outro lado, à nossa esquerda ouvimos BE e PCP dizer que a culpa é das políticas neoliberais e que o actual governo praticou essas políticas. Posicionamento engraçado, a culpa não é de ninguém senão do Partido Socialista, o que falando em populismo comprova bem o que nos disse...
Não foram as políticas do Partido Socialista que criaram esta crise, bem pelo contrário, até sermos afectados em 2007 pela crise mundial, o país demonstrava sinais de recuperação.
Concordo que quem vai votar, vota nos mais credíveis e naqueles que pelas suas propostas representam da melhor forma os eleitores. E face a esta crise mundial, é importante passar da melhor forma a mensagem do Partido Socialista para as pessoas. Acho que isso falhou com Vital Moreira - má comunicação. Como já por aqui disse, falta melhor comunicação com a população, uma melhor explicação das reformas que se têm feito para aumentar a sensibilidade das pessoas para com estas e que passe a mensagem.
Na parte seguinte, não sei se concordo consigo. Acho que não devemos abdicar das nossas linhas programáticas e devemos defendê-las com unhas e dentes até porque também é aí que nos diferenciamos da direita. Questões como a Educação Sexual ou Casamento entre pessoas do mesmo sexo, apenas por exemplo e por serem mais recentes, são questões que dizem muito à juventude e à esquerda, que importa não esquecer e lutar pelas mesmas. E não me parece que seja por isso que o Partido Socialista vá perder eleitores ao "centro".
Esta diferenciação é aliás bastante importante, em contraste com a política do passado, os mesmos rostos descredibilizados, a política a preto e branco e do século XIX, como lhe chamou Duarte Cordeiro. Não me parece que os portugueses já se tenham esquecido da governação de Santana Lopes, Paulo Portas ou de Manuela Ferreira Leite.
A imagem que coloquei acima não é inocente. Estamos a falar do Partido Socialista mas acho que muito se deve jogar com a Juventude Socialista. Vamos pôr as ideias a mexer, apostar nas causas de esquerda e da juventude. Como já disse, política para jovens mas também de jovens. É preciso apostar em jovens quadros qualificados com muito potencial e não me parece que isso falte. O Partido Socialista tem de dar atenção à juventude.
Acredito no rumo que tem seguido o governo. É preciso consolidar este rumo e tenho a certeza que se fizermos um bom trabalho nos próximos meses os portugueses vão voltar a confiar no Partido Socialista para mais 4 anos no governo.
De uma coisa estou certo - o contributo da Juventude Socialista para essa vitória vai ser enorme.
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