Parece que as políticas anti-jovem de Sarkozy continuam a imperar na Assembleia Municipal....
Lisboa, 30 Jun (Lusa) -- A Assembleia Municipal de Lisboa chumbou hoje o regulamento do Conselho Municipal de Juventude.
A proposta da vereadora da Juventude, Rosalia Vargas (PS), foi rejeitada com os votos contra do PSD (em maioria), CDS-PP, PCP e PEV, a abstenção do BE e os votos favoráveis do PS.
Os deputados sociais-democratas manifestaram dúvidas quanto à lei dos conselhos municipais de juventude, que foi aprovada em Assembleia da República pelo PS e PSD.
O PSD questiona que os conselhos municipais de juventude sejam chamados a dar parecer sobre o orçamento da autarquia, antes da discussão daquele instrumento financeiro pela Assembleia.
O PS acusa o PSD de querer "bloquear" o funcionamento do órgão consultivo para a juventude em Lisboa, contrariando a posição assumida no Parlamento.
O deputado municipal do PSD Luís Newton argumentou que o executivo municipal poderia ter reunido o conselho municipal de Juventude, recorrendo ao antigo regulamento.
O líder da bancada do PSD, Saldanha Serra, considerou que após entidades como a Associação Nacional de Municípios e a Junta Metropolitana de Lisboa ter pedido esclarecimentos à Assembleia da República, a aprovação do conselho municipal de Juventude não deve ser "forçada".
Saldanha Serra acusou ainda o PS de querer criar o conselho de juventude por motivos eleitoralistas, para justificar "outdoors" colocados pela JS.
No mesmo sentido, o deputado municipal do PCP Paulo Quaresma questionou a urgência daquela aprovação, a "três meses das eleições".
"O que os senhores querem é dizer que criaram um conselho municipal de Juventude", argumentou, questionado o "efeito prático" do funcionamento daquele órgão até às eleições.
O líder da bancada do PS, Miguel Coelho, devolveu ao PSD as acusações de eleitoralismo, acusando os sociais-democratas de, com a colaboração do PCP nesta matéria, constituírem uma "maioria de bloqueio".
O deputado municipal do PS Pedro Pinto considerou que o chumbo foi uma "irresponsabilidade" e sublinhou que "o próprio candidato do PSD à Câmara [Pedro Santana Lopes] votou favoravelmente a uma lei que o grupo municipal do PSD agora não quer fazer cumprir".
O deputado municipal do Bloco de Esquerda Heitor de Sousa afirmou querer "manter equidistância" em relação às "batalhas políticas entre PS e PSD" e responsabilizou ambos os partidos pelo não funcionamento do conselho de juventude desde 2003.
"Ambos tiveram vários anos sem se lembrar da juventude de Lisboa", afirmou.
A vereadora da Cultura, Rosalia Vargas, sublinhou a necessidade de cumprir a lei que tornou obrigatórios os conselhos municipais de Juventude.
ACL.
Fonte: Agência LUSA
Não vale tudo (14): Deriva securitária
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*1. *As imagens, como esta do *Público*, da espalhafatosa operação de
polícia ontem no Martin Moniz, em Lisboa - com dezenas de pessoas viradas
contra a ...
Há 2 dias
Só tenho a comentar que não se compreende esta inconsistência e que a Juventude Socialista continua a ter a mesma autoridade para falar e dizer que criou o Conselho Nacional de Juventude. Pois criámos e os Conselhos Municipais de Juventude também simplesmente em Lisboa, Cascais e outros concelhos são atrasados por um PSD retrógrada, inconsistente e eleitoralista sem olhar para a consequências das suas acções políticas a médio-longo prazo.
ResponderEliminarO PSD a votar contra exibe-se como sendo contra esta ideia e vai ao sufrágio com essa posição na cabeça dos jovens. Espero que os jovens se lembrem de quem lhes quer dar voz e daqueles que continuam a negar-lhes uma voz.
A «suspensão temporária da democracia» está esquecida por alguns mas nunca iremos esquecer aquela mulher que publicitou as suas vontades ditatoriais (que o PSD hipocritamente critica em José Sócrates [e sem razão]) e que defendeu a repressão duma pátria num regime autoritário e neo-salazarista.
Fico a pensar se o Partido Socialista não é o Grande Partido da Democracia e não só da Esquerda Democrática.
Fico a pensar se o Partido Socialista não é o único partido da Democracia em Portugal; quero dizer com isto, o único que apoia e defende a democracia.