quinta-feira, 21 de maio de 2009

NOTÍCIAS DE HOJE



Empreendimentos Rodoviários em curso empregam 32500 pessoas



O Primeiro-Ministro, José Sócrates, o Ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, Mário Lino, e o Secretário de Estado Adjunto, das Obras Públicas e das Comunicações, Paulo Campos, visitaram esta manhã as obras do Itinerário Complementar (IC) 30 e IC16 – que integram a Concessão Grande Lisboa – bem como as do IC17/CRIL (Circular Regional Interna de Lisboa).



Com uma extensão de 22km, a obra de construção do IC16 e do IC30 (A16) tem como objectivo completar a rede de alta capacidade da Grande Lisboa. A sua entrada em funcionamento, prevista para o próximo mês de Setembro, permitirá descongestionar o tráfego das vias mais sobrecarregadas, como o IC19 e a A5. Prevê-se que estes dois lanços retirem cerca de 20 mil veículos/dia ao IC19, o que representa uma diminuição de 20%. Este empreendimento inclui ainda a construção de dois viadutos e 49 passagens superiores ou inferiores. Envolve igualmente 3,5 milhões de metros cúbicos de terraplanagem, 350 mil toneladas de misturas betuminosas e a colocação de 30 mil metros quadrados de barreiras acústicas. A A16 vem beneficiar directamente 300 mil habitantes do Concelho de Sintra e 35 mil do Município de Cascais.



Grande Lisboa: 100 empresas envolvidas, mais de dois mil postos de trabalho

A concepção/construção e exploração da A16 (IC16 e IC30) envolve 102 empresas, empregando actualmente 2015 trabalhadores. Por área de actividade, a fase de projecto mobilizou 30 empresas, a fiscalização e a segurança são asseguradas por outras quatro, a construção propriamente dita é da responsabilidade de seis. A obra conta ainda com 30 fornecedores, 10 prestadores de serviços e mais de 20 empresas que trabalham indirectamente para esta Concessão, cuja entidade adjudicatária é a AENOR.

A Concessão Grande Lisboa integra igualmente um conjunto de lanços para exploração (já em serviço) num total de 60km: IP7/Eixo Norte-Sul; IC2-Sacavém/Santa Iria da Azóia; IC16-Lisboa/Belas; IC16-CREL/Lourel; IC17-Algés/Sacavém; IC19-Buraca/Ranholas; IC22-Olival de Basto/Montemor.



Obra da CRIL contrata 300 empresas e perto de duas mil pessoas

O IC17 – CRIL é outro eixo estruturante prestes a ser concluído. Recorde-se, a propósito, que o Programa das Novas Acessibilidades a Lisboa – apresentado por este Governo – apontava quatro prioridades: a conclusão da Concessão Grande Lisboa, do Eixo Norte/Sul, o alargamento do IC19 e a conclusão da CRIL. Dois dos objectivos estão cumpridos: Eixo Norte/Sul (obra pronta em Outubro de 2007, a que correspondeu um investimento de 56,4M€) e alargamento de duas para três vias do IC19 (concluído em Outubro de 2008, com um investimento estimado em 28,3M€); dois estão em obra e a poucos meses da sua total execução: Concessão Grande Lisboa e CRIL. Em curso está também o alargamento da A8 entre a CRIL e a Malveira, que custará 65M€ e deverá ficar pronto em 2010.

Para fechar o anel do IC17 – CRIL entre Algés e Sacavém falta concluir o lanço que liga Pina Manique à Pontinha, com uma extensão de 4,5km a que corresponde um investimento de 112M€.

Os estudos relativos a este troço tiveram início há mais de 40 anos com a elaboração do Estudo Prévio que veio fixar o corredor para a via. Em 1969 avançou-se com o Ante-Projecto (PLANOP). O Projecto de Execução começou a ser feito na década de 80, tendo a primeira versão sido apresentada em 1993. Mas foi sendo sucessivamente alterado porque não obtinha a concordância das entidades envolvidas no processo. Em 2006, treze anos depois, este Governo avançou com uma solução que pela primeira vez mereceu a concordância das três Autarquias abrangidas pelo novo troço – Lisboa, Amadora e Odivelas – para além de minimizar os impactos sociais, acústicos, visuais, paisagísticos e patrimoniais.

A conclusão da Circular Regional Interna de Lisboa com a necessária salvaguarda de monumentos como o Aqueduto das Francesas e das Águas Livres vai permitir retirar tráfego do interior da cidade: estima-se a redução de 40 mil veículos/dia na 2ª Circular, o que representa menos 25%. O lanço que liga Pina Manique à Pontinha retirará ainda 33% do tráfego que circula na CREL e 20% da Calçada de Carriche. Para além desta vantagem, a CRIL possibilitará requalificar zonas urbanas degradadas, criando espaços de lazer com zonas verdes, e diminuir os níveis de ruído e poluição atmosférica na capital.

A construção da CRIL envolve 312 empresas: cinco projectistas, 145 no sector da construção, uma na área da fiscalização, 160 fornecedores. A conclusão do anel envolve actualmente 1958 postos de trabalho: 235 quadros superiores, 297 quadros médios e 1426 operários e/ou auxiliares. Por este empreendimento, cujo primeiro lanço foi construído em 1996 (Alto do Duque/Nó de Pina Manique), passaram 7808 trabalhadores (valor acumulado que se registou no mês passado).

O lanço entre Pina Manique e a Pontinha terá abertura faseada a partir de Outubro de 2009. Terá impactes positivos na população dos Concelhos de Lisboa, Amadora e Odivelas, beneficiando directamente cerca de 800 mil utentes. A entidade adjudicatária é a Odebrecht, Bento Pedroso Construções, SA.



Obras em curso empregam 32500 trabalhadores

Os empreendimentos rodoviários em curso em 2009 empregam 32500 pessoas: 27 mil postos de trabalho directos e 5500 indirectos. 82% destes trabalhadores (26650) são portugueses; 18% (5850) são estrangeiros. 3900 (12%) são quadros superiores; 4550 (14%) são quadros médios e 24050 (74%) são operários e auxiliares.

As pequenas e médias empresas (PME’s) absorvem a maior fatia do bolo: 26 mil empregos. As construtoras representam 53% dos postos de trabalho (17225), seguindo-se os fornecedores de material com 15% (4875 empregos) e os prestadores de serviço com 6% (1950 empregos). As empresas projectistas e as de fiscalização surgem na cauda da lista, ambas com 3% (975 empregos).

As grandes empresas representam 6500 trabalhadores: 3250 ao serviço de construtoras e igual número ao serviço de fornecedores diversos.



Melhores vias, menos sinistralidade

A construção de melhores vias induz uma forte redução da sinistralidade rodoviária. Lisboa não é excepção: entre 2004 e 2008, a taxa de execução do Plano Rodoviário Nacional (PRN) neste Distrito cresceu 10% (de 62 para 72%), verificando-se em igual período uma diminuição de 26% (de 126 para 93) das vítimas mortais.

Lisboa, 5 de Maio de 2009

Mais informações em:
http://infocril.estradasdeportugal.pt/

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