segunda-feira, 4 de maio de 2009

PÚBLICO E NOTÓRIO

As primeiras freguesias beneficiadas serão Marvila e Olivais...

Câmara de Lisboa vai começar a usar água reutilizada para lavar ruas e regar zonas verdes

2009-04-30 18:50:00 Helena Geraldes - PÚBLICO

A Câmara Municipal de Lisboa vai deixar de lavar as ruas e regar as zonas verdes da cidade com água potável da EPAL. Em Maio arranca a primeira fase do processo que vai beneficiar primeiro as freguesias de Marvila e Olivais.

Hoje, os camiões-cisterna da autarquia são abastecidos com água da EPAL. A partir de Maio, e graças a um acordo com a SIMTEJO, será possível abastecer nas ETAR (estação de tratamento de águas residuais) de Chelas e de Beirolas, beneficiando Marvila e Olivais. Segundo o vereador José Sá Fernandes - com o pelouro do Ambiente, Espaços Verdes, Plano Verde, Higiene Urbana e Espaço Público -, esta é apenas a primeira fase de um processo que, no futuro, se quer alargar a toda a cidade, quando a ETAR de Alcântara estiver preparada.

"Estamo-nos a preparar para fazer uma espécie de canalização para levar a água reutilizada desde Alcântara até Alfama, beneficiando toda a frente ribeirinha", contou o vereador ao PÚBLICO. A autarquia também pretende levar a água reutilizada da ETAR de Chelas ao Golfo da Bela Vista. Além de disponibilizar pontos de abastecimento para os camiões-cisterna, serão criados pontos de rega um pouco por toda a cidade. "Claro que esta primeira fase ainda terá um benefício reduzido mas é um sinal e um princípio", comentou, referindo-se a uma solução para um problema ambiental. Câmara vai começar a substituir lâmpadas de semáforos.

O plano de poupança de recursos naturais levou a autarquia, através da agência Lisboa E-Nova, a substituir as 1418 lâmpadas de 567 semáforos na Avenida da Liberdade e na Baixa Pombalina por ópticas LED, mais eficientes. Esta medida, a implementar durante o mês de Maio, permitirá evitar um consumo de 439.934 kWh e evitar a produção de 162 toneladas de dióxido de carbono por ano. Estes números traduzem-se num benefício económico anual de 32.907 euros.

A iniciativa deverá ser alargada ao resto da cidade. Além da utilização em semáforos, a autarquia quer experimentar utilizar as ópticas LED em candeeiros, adiantou Sá Fernandes. Para isso começa em Maio a fazer experiências no Parque Eduardo VII. Ainda quanto à iluminação pública, a autarquia substituiu o único relógio que ditava a hora em que se acendiam e apagavam os candeeiros em toda a cidade por um sensor que actua de acordo com a luz. "Esta medida já nos permitiu poupar milhares de euros", acrescentou. A poupança abrange ainda os veículos da câmara. "Neste momento já retirámos 200 carros da nossa frota", através de uma melhor gestão das actividades, e "queremos que os carros do lixo tenham o gás natural como combustível".

Sem comentários:

Enviar um comentário